Sem fim...

Porque sem ti vou me ressequindo, porque tudo isto é segredo cortante, porque estás tão longe. Quem és tu?


Quando tenho sede de ti

Nao é só sede de carne nem sede de quarto

E a minha veia a latejar buscando o teu soro

E a face pálida sem suor

Uma rua despida, sem odor

E passo incerto em corda bamba

E fome gritante em rios de alimento.


Quando tenho sede de ti

Não é a água que a mata

E uma marca forjada em pele ardente

Uma vontade de te ter

Te possuir

Assim

Em pedaços soltos, em bocadinhos de ternura ou fragmentos de dor

Meus

Sem fim...


-Musa-